A escalada de tensões entre Brasil e EUA, intensificada pelas sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, levanta a questão: os EUA poderiam bloquear o sinal de GPS no Brasil? A possibilidade, embora discutida por aliados do ex-presidente Bolsonaro, é considerada improvável por especialistas.
Como funciona o GPS?
O Sistema de Posicionamento Global (GPS) utiliza 24 satélites para fornecer localização precisa. Cada satélite transmite sinais de rádio com informações de posição e horário, permitindo que receptores terrestres calculem sua localização através da triangulação. O sistema oferece serviços civis (SPS) e militares (PPS), este último com acesso restrito.
Possibilidade de bloqueio
O engenheiro Eduardo Tude, especialista em telecomunicações, afirma ser improvável bloquear o sinal apenas para o Brasil sem afetar países vizinhos. Os sinais são unidirecionais, e bloquear o acesso para uma região específica seria tecnicamente complexo e afetaria amplamente os EUA e outras nações. Ele compara a situação à TV aberta, onde bloquear uma casa individualmente seria difícil.
Interferência local, no entanto, é possível. Técnicas como jamming (bloqueio de sinal com transmissores mais fortes) e spoofing (substituição de sinais legítimos por falsos) já foram utilizadas em zonas de conflito.
Alternativas ao GPS
Uma restrição ao GPS afetaria diversos setores, incluindo transportes, telecomunicações, energia e finanças. Felizmente, alternativas existem, como o GLONASS (Rússia), BeiDou (China), Galileo (UE), além de sistemas regionais. Muitos dispositivos modernos são compatíveis com múltiplas constelações, oferecendo redundância. A engenheira Luísa Santos destaca a interoperabilidade destes sistemas e a existência de sistemas terrestres de backup.
Impacto e Conclusão
Embora tecnicamente possível degradar o sinal civil do GPS, o impacto diplomático e logístico de tal ação seria significativo. A maioria dos especialistas considera improvável que os EUA optem por essa medida, dadas as consequências globais e a disponibilidade de alternativas ao GPS. A questão levanta, porém, preocupações sobre a dependência tecnológica e a vulnerabilidade de sistemas críticos à interferência externa.
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