Cantor gospel é baleado por PM em SP; versões divergem

O cantor gospel João Igor foi baleado por um policial militar (PM) dentro de um ônibus na rodoviária da Barra Funda, em São Paulo, na quarta-feira (30/07). O PM afirma ter sentido cheiro de maconha e, ao abordar os irmãos Igor e Maikon, houve luta corporal resultando em disparos. O irmão alega que o cheiro era de cigarro comum.

Versões Conflitantes sobre a Abordagem

Segundo o PM, o cheiro de maconha partia da bagagem dos irmãos, que teriam resistido à abordagem, causando uma luta corporal. Ele relatou ter disparado a arma após os irmãos tentarem lhe tomar a arma. Já o irmão do cantor, Maikon, nega a presença de drogas e afirma que o PM agiu de forma descontrolada e agressiva, alegando que o policial se incomodou com uma videochamada no celular de João Igor. O boletim de ocorrência cita uma substância semelhante à maconha encontrada na bolsa de Maikon, enviada para perícia.

Depoimentos e Investigações

O PM envolvido, Gabriel Vinicius da Silva Cardoso, afirmou à Polícia Civil ter sentido forte odor de maconha. Maikon, por sua vez, assegura que apenas possuía cigarros comuns. Testemunhas apresentam versões conflitantes sobre o ocorrido, dificultando a conclusão das investigações. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Civil e a Polícia Militar investigam o caso, aguardando os resultados da perícia.

Reações e Desdobramentos

João Igor, que sofreu ferimentos na perna e no braço, foi hospitalizado e passará por cirurgia. Sua defesa criticou a abordagem policial, questionando a proporcionalidade da reação do PM. O cantor, que possui um milhão de seguidores nas redes sociais, também mencionou a possibilidade de racismo por parte do PM. A investigação buscará esclarecer as circunstâncias do ocorrido, incluindo a análise da substância apreendida e a avaliação da conduta do policial.

A investigação deve considerar a versão do PM, os depoimentos das testemunhas, a análise pericial da substância apreendida e o exame de corpo de delito. A repercussão do caso nas redes sociais levanta questões sobre o uso da força por policiais e a necessidade de protocolos claros em abordagens policiais. A conclusão do inquérito poderá determinar responsabilidades e eventuais medidas disciplinares ou judiciais.

G1
Imagem obtida do site: G1

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