O Mundial de Clubes da FIFA, sediado nos Estados Unidos, tem apresentado problemas inesperados, principalmente para os torcedores brasileiros. Relatos de "pontos cegos" nos estádios, especialmente no MetLife Stadium em Nova Jersey, palco da final, geraram frustração entre os palmeirenses que assistiram à partida contra o Porto. A principal reclamação é a dificuldade em visualizar jogadas próximas às laterais, um problema atribuído ao fato de os estádios serem projetados prioritariamente para jogos de futebol americano, com dimensões mais estreitas. Mesmo com a adaptação do campo para atender às medidas da FIFA (105m x 68m), as estruturas físicas dos estádios, como muros e placas de publicidade, criam obstáculos à visão dos torcedores nas laterais, impedindo a visualização completa de lances importantes, como escanteios e jogadas de linha de fundo.
José Marani, um torcedor presente no jogo, relatou ter pagado US$ 100 por um ingresso no terceiro andar do estádio e ainda assim não conseguiu visualizar as jogadas laterais. Seu filho, Pedro, estima que a área de "ponto cego" seja de dois a três metros a partir da lateral do campo. Essa situação não é exclusiva do MetLife, já que na Copa América de 2024, realizada também nos EUA, vários jogos em estádios com largura inferior ao padrão FIFA geraram problemas similares.
A adaptação dos estádios americanos para o futebol, embora tenha resolvido o problema da largura do campo, criou um novo desafio: a obstrução da visão dos torcedores em alguns setores. Esse fato demonstra a importância de se considerar a experiência do público na concepção e adaptação de arenas esportivas, indo além do simples cumprimento das regras de dimensão do campo.
A preocupação com a visibilidade não se limita aos torcedores. O Palmeiras, após o empate sem gols contra o Porto no MetLife Stadium, expressou publicamente sua insatisfação com a condição do gramado. Paulinho, membro da delegação, afirmou que o gramado não está nas condições ideais para uma competição da magnitude da Copa do Mundo de Clubes. A equipe alviverde observou que a bola quicava excessivamente antes da chuva, que, por sua vez, melhorou as condições do jogo na segunda etapa. O fato de o MetLife sediar outros jogos antes da próxima partida do Palmeiras contra o Al Ahly aumenta a preocupação com o estado do gramado. A chuva do jogo contra o Porto melhorou a situação, mas a delegação segue apreensiva.
Além da questão da visibilidade e do estado do gramado, o MetLife Stadium apresenta outra peculiaridade: a ausência de gols em duas partidas disputadas até o momento. Após os empates sem gols entre Palmeiras e Porto, e Fluminense e Borussia Dortmund, a arena, que receberá a final do Mundial, ainda não testemunhou nenhuma bola na rede. Este fato contrasta com outras sedes do torneio, como o TQL Stadium em Cincinnati (10 gols), Lumen Field em Seattle (7 gols) e o Rose Bowl em Los Angeles (4 gols). A falta de gols no MetLife, palco principal do torneio, gera uma curiosidade e questionamento sobre o desempenho das equipes ou possíveis fatores do próprio estádio, como dimensões pouco usuais ou a influência da superfície do gramado. A situação reforça a necessidade de avaliações mais profundas sobre a infraestrutura dos estádios para torneios internacionais e sobre a experiência completa proporcionada aos torcedores.
A próxima oportunidade para quebrar essa "maldição" será a partida entre Palmeiras e Al Ahly, marcada para o dia 19/06. Será que o MetLife finalmente verá um gol, ou essa curiosa estatística permanecerá? Acompanhe a cobertura para descobrir!
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