A torcida do Flamengo, apaixonada e fervorosa, preparou uma homenagem emocionante aos campeões mundiais de 1981, recriando a escalação do time que venceu o Liverpool na arquibancada do Maracanã. Um mosaico impactante com os rostos dos jogadores titulares, lembrando a vitória inesquecível em Tóquio, emocionou os rubro-negros. No entanto, uma figura icônica ficou de fora dessa celebração: Tita, o camisa 7 da conquista.
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Mas por que essa ausência tão significativa? A explicação reside em uma combinação de fatores que demonstram a complexa relação entre o ex-atacante e a torcida flamenguista. A história de Tita no Flamengo é indiscutivelmente rica e vitoriosa, com conquistas memoráveis como o Mundial de 1981, a Libertadores do mesmo ano, e diversos títulos brasileiros e cariocas. Ele também foi um dos maiores artilheiros da história do clube. Apesar dessa trajetória vitoriosa, a idolatria do jogador foi abalada por sua posterior transferência para o Vasco da Gama, arquirrival do Flamengo.
O ponto crucial dessa história reside na decisão de Tita de declarar apoio ao León, do México, no Mundial de Clubes de 2025, onde o Flamengo também estaria disputando. A frase, "Já ganhamos do Flamengo duas vezes. Agora vamos pela terceira", proferida por Tita, ecoou nos ouvidos dos torcedores rubro-negros, alimentando uma insatisfação que já existia por conta de sua passagem pelo Vasco. Esse gesto, visto como uma clara falta de respeito e lealdade para muitos, justifica a ausência de sua imagem no mosaico. Enquanto os outros jogadores foram representados por suas imagens, Tita foi lembrado apenas pelo número 7 de sua camisa, um gesto que demonstra a ambiguidade dos sentimentos da torcida em relação a ele.
A homenagem, organizada pela Urubuzada, uma das principais torcidas organizadas do Flamengo, gerou debates acalorados nas redes sociais. Alguns fãs lamentaram a omissão, enquanto outros consideraram a decisão justa, justificada pelas declarações polêmicas de Tita. Independente da opinião individual, o episódio destaca a paixão intensa e a complexa relação entre ídolos e torcedores no futebol. A ausência de Tita no mosaico ilustra a capacidade da torcida de expressar sua gratidão e, ao mesmo tempo, sua reprovação, revelando a profundidade dos laços e a intensidade emocional do universo flamenguista. A partida contra o Fortaleza serviu como um palco para essa demonstração de amor e, também, de desencanto com uma lenda que escolheu um caminho diferente do que a torcida esperava. A saga de Tita e a torcida do Flamengo é um exemplo da efervescência que envolve paixão, rivalidade e legado no futebol.
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