A semana financeira terminou com um turbilhão de eventos que movimentaram os mercados, desde a decisão do Copom sobre a Selic até as tensões geopolíticas no Oriente Médio. O Ibovespa, a principal bolsa de valores brasileira, registrou queda, reagindo à alta da taxa Selic para 15%, o maior nível em 20 anos. Essa decisão, embora antecipada por muitos, gerou debates acalorados e até mesmo um desabafo público de Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central. Ele declarou que, apesar das críticas recebidas durante seu mandato, teria tomado a mesma decisão, considerando o ganho de credibilidade essencial para conter expectativas desancoradas. A alta da Selic, mesmo com a sinalização de pausa no ciclo de alta, indica que os juros permanecerão elevados por um "período muito prolongado", um recado claro para o mercado, como apontado pelo UBS BB. Esse cenário afeta diretamente as expectativas de cortes de juros em 2025, impactando a atratividade do carry trade e influenciando o movimento do dólar.
O dólar, por sua vez, apresentou um comportamento misto. Enquanto o dólar à vista recuou levemente em um ajuste após as decisões do Copom e do Federal Reserve, o dólar futuro apresentou alta. A baixa liquidez no mercado, somada à queda do dólar no exterior, influenciou essa movimentação. O adiamento da decisão de Donald Trump sobre a intervenção militar dos EUA no conflito entre Israel e Irã também contribuiu para a estabilidade do mercado cambial. A situação geopolítica no Oriente Médio permanece tensa, com ataques mútuos entre Israel e Irã, mas a tentativa de diálogo entre o Irã e autoridades europeias em Genebra traz um fio de esperança para uma solução diplomática.
A notícia do aumento da Selic para 15% e a subsequente previsão de manutenção em patamar elevado por tempo prolongado geraram discussões sobre os impactos para o mercado. Analistas do mercado financeiro discutiram as implicações desta decisão, com foco nas taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) de curto e médio prazo, prevendo uma tendência de alta, especialmente nos contratos até janeiro de 2027. Essa incerteza e a cautela dos investidores em relação às tensões geopolíticas têm sido determinantes na performance do Ibovespa e nos movimentos cambiais. A reação do mercado, como a queda do Ibovespa e a volatilidade do dólar, reforça a complexidade do cenário econômico global e a influência de fatores tanto domésticos quanto internacionais na conjuntura brasileira.
Além das oscilações da bolsa e do dólar, outras notícias importantes impactaram os mercados: a Petrobras anunciou o pagamento da segunda parcela da remuneração aos acionistas; a Bulgária recebeu apoio formal para adotar o euro em 2026; dados sobre inflação no Japão, mostrando o maior nível em mais de dois anos, mantiveram a pressão para aumento de juros no Banco do Japão; e o Banco Mundial pediu por transparência radical na dívida de países em desenvolvimento. A combinação destes fatores mostra a complexa interconexão dos mercados globais e a influência de eventos geopolíticos e decisões de política monetária na economia brasileira.
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