A Gol Linhas Aéreas Inteligentes (GOLL4) está passando por uma transformação significativa, culminando em mudanças drásticas na sua estrutura acionária e nos códigos de negociação de suas ações na B3. A saída do Chapter 11, processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, embora positiva em termos de reestruturação de dívidas, traz consigo um aumento de capital de R$ 12 bilhões via emissão de bilhões de novas ações. Isso resultará em uma diluição acionária impactante, preocupando analistas e investidores.
A partir de 12 de junho de 2025, as ações da Gol passam a ser negociadas com novos tickers: GOLL53 (ações ordinárias) e GOLL54 (ações preferenciais). A mudança reflete o aumento de capital e a consequente alteração na quantidade de ações em circulação. O lote padrão de negociação também muda para 1.000 ações, com a negociação fracionária (menor que 1.000 ações) permitida pela B3. Esse processo envolve a emissão de 8,1 trilhões de ações ordinárias e 968,8 bilhões de ações preferenciais, a um preço de emissão de R$ 0,00029 para ordinárias e R$ 0,01 para preferenciais. Este aumento de capital, apesar de necessário para a saúde financeira da empresa, leva a uma diluição acionária de aproximadamente 99,8%, conforme projeções do BTG Pactual, reduzindo significativamente a participação dos acionistas atuais.
A operação é complexa e acende um alerta para investidores, especialmente os indivíduos que detêm grande parte das ações da Gol. A Abra Group, após a conclusão do processo de reestruturação, passa a deter aproximadamente 80% das ações ordinárias e preferenciais da companhia. Apesar da conclusão bem-sucedida do Chapter 11 e do financiamento de US$ 1,9 bilhão levantado, a alta alavancagem da empresa (5,4 vezes, de acordo com o BTG Pactual) e a significativa diluição acionária geram preocupações. Diversas instituições financeiras, como BTG Pactual, Bradesco BBI e Ágora Investimentos, mantém recomendações de venda para as ações da Gol, considerando a diluição patrimonial e a elevada alavancagem.
O valor de mercado da Gol pode apresentar um valor aparentemente exorbitante (da ordem de R$ 1,3 trilhão) nos próximos dias, devido à transição no processo de aumento de capital. Esse número, porém, é artificial e decorre da emissão de trilhões de novas ações, criando um descasamento temporário entre o total de ações em circulação e o preço unitário. Esse valor será corrigido após o período de subscrição do direito de preferência, finalizando em 14 de julho de 2025.
A complexidade do processo, combinada com a diluição acionária, cria um cenário de incerteza para os investidores. A compreensão dos detalhes do aumento de capital é crucial para avaliar os riscos e potenciais retornos. A queda no preço das ações após o anúncio do aumento de capital, na ordem de 12%, já reflete a preocupação do mercado. A empresa, ainda que fora do Chapter 11, continua com alto endividamento, o que gera receios em relação a possíveis novas reestruturações de dívidas no futuro. É crucial acompanhar de perto os desenvolvimentos e as futuras movimentações da Gol no mercado acionário. Acompanhe as notícias e faça sua própria análise antes de tomar qualquer decisão de investimento. Para mais informações, visite Money Times, Estadão E-Investidor e NeoFeed.
Este conteúdo foi desenvolvido com o auxílio de inteligência artificial. Para mais informações sobre o conteúdo discutido, visite os sites abaixo: