O mercado financeiro brasileiro viveu uma segunda-feira (16/06/2025) de fortes emoções, com o dólar fechando abaixo dos R$ 5,50 pela primeira vez em oito meses, cotado a R$ 5,4855, representando uma queda de 1,03%. Simultaneamente, o Ibovespa registrou um expressivo avanço de 1,49%, atingindo 139.256 pontos. Este cenário, aparentemente positivo, é resultado de uma complexa interação de fatores, incluindo a guerra entre Israel e Irã, a expectativa pela "Superquarta" – dia em que o Banco Central do Brasil (BC) e o Federal Reserve (Fed) anunciam suas decisões sobre as taxas de juros – e a polêmica em torno do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
A guerra no Oriente Médio, iniciada com um ataque surpresa de Israel ao Irã, gerou inicialmente uma forte aversão ao risco, levando os investidores a buscarem ativos mais seguros. Contudo, a situação parece ter se estabilizado, com os investidores mostrando-se mais cautelosos que alarmistas, impulsionados pela declaração do presidente Donald Trump de que o Irã busca o fim do conflito e está aberto a negociações para reduzir as hostilidades. Apesar do cenário de guerra, o impacto no mercado foi menos severo do que se esperava, indicando uma possível resiliência do mercado a eventos geopolíticos significativos. A preocupação com o fornecimento de petróleo, que subiu mais de 8% na semana anterior, diminuiu após o Irã afirmar que suas instalações permanecem intactas.
A "Superquarta" também desempenha um papel crucial na movimentação do mercado. A expectativa é que tanto o BC quanto o Fed mantenham as taxas de juros inalteradas, o que, no caso do Brasil, pode representar o fim do ciclo de alta da Selic, atualmente em 14,75% ao ano – a maior taxa em quase duas décadas. Este possível fim do ciclo de alta de juros é visto como positivo pelo mercado, pois indica uma expectativa de estabilidade econômica e um possível alívio para o consumo. No entanto, a incerteza ainda paira sobre a possibilidade de novos aumentos nos EUA, com o mercado prevendo dois cortes até dezembro.
Outro fator relevante é a controvérsia em torno do aumento do IOF. O governo federal apresentou um novo pacote tributário para compensar o aumento, mas enfrenta forte resistência no Congresso. A Câmara dos Deputados deve votar um pedido de urgência para derrubar o decreto, gerando incerteza sobre o futuro das contas públicas brasileiras.
Em resumo, o mercado demonstra resiliência diante da guerra no Oriente Médio, enquanto a expectativa pela "Superquarta" e a incerteza política interna, particularmente sobre o IOF, moldam as tendências do dólar e do Ibovespa. A alta do Ibovespa também reflete a valorização de commodities como petróleo e minério de ferro, apesar do cenário ainda ser visto com cautela. O resultado positivo do IBC-Br, com alta de 0,2% em abril, e a redução da projeção de inflação para 2025 também contribuíram para o otimismo. Para acessar mais informações, visite G1 e UOL Economia.
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