A BYD, gigante chinesa do setor automobilístico, está em franca expansão no mercado brasileiro. Com um investimento total de R$ 5,5 bilhões, a marca já aplicou R$ 1,4 bilhão e prepara-se para consolidar sua presença com a produção local, novos lançamentos e uma estratégia cuidadosamente planejada. A inauguração da fábrica em Camaçari (BA) marca um marco importante nessa trajetória, apesar de um pequeno atraso devido a questões trabalhistas. A cerimônia, inicialmente prevista para março de 2025, acontecerá em julho, em meio a pressões pelo aumento do imposto de importação para veículos elétricos e híbridos. A BYD espera convencer o governo a reduzir esse imposto para veículos semidesmontados, argumentando que o custo adicional da produção local, como mão de obra, deve ser considerado.
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Inicialmente, a fábrica operará em regimes SKD e CKD, importando kits e peças da China para montagem. A meta é alcançar um índice de nacionalização de cerca de 70% até o fim de 2026, com a inclusão de setores de pintura e estamparia. Essa fase incluirá a conversão do Song Pro para sistema híbrido flex. A expansão da produção contemplará outros modelos, além do início da fabricação de ônibus e caminhões, e o processamento de insumos para baterias. A planta terá capacidade de produção de até 150 mil veículos anualmente, de até 12 modelos diferentes, tornando-se a maior fábrica da BYD fora da China. A criação de até 20 mil postos de trabalho até o fim de 2026 também está prevista.
A BYD King, sedã médio rival do Toyota Corolla, será o terceiro modelo produzido na fábrica baiana, após o Dolphin Mini e o Song Pro. Disponível nas versões GL (R$ 179.990) e GS (R$ 191.990), o King combina um motor 1.5 aspirado a gasolina com um motor elétrico, entregando 209 cv (GL) ou 235 cv (GS). Sua aceleração de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos demonstra seu desempenho. Embora atualmente seja o segundo sedã médio mais vendido no país, com quase 5.500 unidades emplacadas entre janeiro e maio de 2025, ainda fica atrás do líder de mercado, Toyota Corolla.
No entanto, a BYD não se limita à produção do King. A empresa também está se preparando para lançar sua marca de luxo, Denza, no Brasil em outubro, com um SUV e um sedã. A Denza terá operação e concessionárias independentes, buscando consolidar sua imagem premium no mercado. Os modelos mais cotados para o lançamento são a van Denza D9, com foco em transporte executivo e artístico, e o Denza B5 (FangChengBao Bao 5), um SUV híbrido de luxo com motorização potente (680 cv e 77,5 kgfm) e uma surpreendente autonomia de 1200 km, graças a um tanque de combustível de 83 litros e bateria de 31,8 kWh com 125km de autonomia elétrica.
Por outro lado, a empresa decidiu adiar o lançamento do Sealion 07 para 2026, priorizando a consolidação dos modelos já presentes no mercado, o início da produção na fábrica de Camaçari e o lançamento da Denza. Apesar de já homologado e testado no Brasil, o Sealion 07, um SUV cupê com versão de 530 cv, terá que aguardar para dar lugar aos projetos prioritários da marca. Essa estratégia demonstra a visão de longo prazo da BYD no Brasil, buscando construir uma presença sólida e diversificada no mercado. A BYD demonstra uma estratégia focada na otimização dos recursos e na busca pela melhor performance em cada segmento.
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