Rio aprova "Dia da Cegonha Reborn" e o debate sobre bonecas realistas esquenta

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou, em sessão realizada na última quarta-feira (7), o "Dia da Cegonha Reborn", uma data dedicada às artesãs que criam as famosas bonecas realistas, conhecidas como bebês reborn. A celebração acontecerá anualmente em 4 de setembro. A iniciativa, de autoria do vereador Vitor Hugo (MDB), ainda precisa ser sancionada pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) para se tornar lei. Mas a aprovação já acendeu um debate sobre essas bonecas, seu impacto na sociedade e a linha tênue entre hobby, terapia e até mesmo possíveis questões de saúde mental.

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Imagem obtida do site: G1

O vereador Vitor Hugo celebrou a aprovação em suas redes sociais, destacando a importância do trabalho dessas artesãs, muitas das quais encontraram na criação dessas bonecas uma forma de lidar com dificuldades pessoais, como depressão e luto. Ele enfatizou o caráter terapêutico da atividade para muitas dessas mulheres, transformando sofrimento em criação e amor. A justificativa do projeto de lei também ressalta o uso desses bebês reborn em diversas terapias, inclusive como forma de lembrança para pais que perderam seus filhos ou como ferramenta para auxiliar no tratamento de pacientes com demência. A proposta descreve a arte da "Cegonha Reborn" como uma forma de cura e consolo, presente em diversos países.

Janaina Afonso, uma das artesãs, também conhecida como "cegonha", relatou que foi a idealizadora da proposta da lei, motivada pela constatação de que a profissão não era reconhecida como arte. A trajetória de Janaina ilustra a força do movimento em torno da criação dessas bonecas e o crescente reconhecimento de seu valor social.

Porém, a popularidade dos bebês reborn também tem gerado polêmica. A crescente presença de influenciadoras digitais que compartilham suas rotinas de cuidado com essas bonecas, tratando-as como filhos, tem levantado questionamentos sobre os limites do afeto e os possíveis impactos na saúde mental. Alguns vídeos, como o da influenciadora Sweet Carol, que viralizou com a simulação de um parto de um bebê reborn, acumulam milhões de visualizações, demonstrando a popularidade e o alcance do fenômeno. Influenciadoras geram debates online ao mostrarem a rotina de cuidado com esses bonecos.

O mercado dos bebês reborn é também um fator relevante. O custo dessas bonecas pode variar bastante, chegando a valores acima de R$ 5.000, o que demonstra o investimento de tempo e materiais envolvidos na criação de peças tão realistas. Esse alto custo demonstra a dedicação das artesãs e a exclusividade do produto final, mas também contribui para a discussão sobre a acessibilidade e o potencial uso comercial.

Em resumo, o debate em torno dos bebês reborn transcende a simples apreciação estética. Ele envolve a valorização do trabalho artesanal, a exploração de seu potencial terapêutico e a reflexão sobre os limites entre o real e o imaginário, o afeto e a saúde mental. A aprovação do "Dia da Cegonha Reborn" no Rio de Janeiro é um marco importante, que coloca em evidência essa cultura e estimula a discussão sobre um universo complexo e fascinante.

Este conteúdo foi desenvolvido com o auxílio de inteligência artificial. Para mais informações sobre o conteúdo discutido, visite os sites abaixo:

Folha de S.Paulo#Hashtag: Colecionadoras reborn querem desmistificar bonecas e defendem técnica artesanal
Folha de S.Paulo
G1Câmara do Rio aprova 'Dia da Cegonha Reborn' em homenagem às artesãs que criam bonecas realistas
G1
R7Influenciadoras causam polêmica ao mostrarem rotina cuidando de bonecos como se fossem filhos
R7

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