Um caso de possível injúria racial envolvendo o vice-prefeito de São José do Rio Preto, Fábio Marcondes, e um segurança do Palmeiras, gerou polêmica após a divulgação de um laudo pericial. A perícia, realizada pelo Instituto de Criminalística da Polícia Civil de São Paulo, analisou um vídeo da TV Globo que mostra a discussão entre as partes após um jogo entre Mirassol e Palmeiras. O resultado, no entanto, foi surpreendente e contestável.
O laudo concluiu que não há como comprovar que o vice-prefeito tenha chamado o segurança de "macaco velho". A perita, Tatiana de Souza Machado, afirmou que a frase proferida por Marcondes foi interpretada, após análise espectrográfica detalhada e escuta técnica especializada, como "Paca, véa! Lixo!Véa!”, e não como “Macaco velho, lixo velho!”. Essa conclusão gerou indignação e descrença por parte do Palmeiras e do próprio segurança envolvido.
O advogado do Palmeiras, Euro Bento Maciel Filho, expressou espanto e surpresa com o laudo, afirmando que "não há como se concordar que ao invés de macaco velho, que é o que se ouve, a perita tenha chegado a uma conclusão de que o o autor teria dito apenas pacavéio." Ele declarou que o clube irá adotar medidas para "fazer prevalecer a verdade" e defender seu funcionário. A declaração reforça a posição do Palmeiras de que houve, sim, uma injúria racial, contrariando a interpretação da perícia. Em nota oficial, o clube destacou que o vídeo "demonstra com clareza que um crime de injúria racial foi cometido".
Por outro lado, a defesa do vice-prefeito, representada por Edlênio Xavier Barreto, alega que o laudo "corrobora a inocência de Fábio Marcondes", considerando a prova tecnicamente imprestável. A defesa afirma que irá se manifestar formalmente nos autos do processo em momento oportuno.
O delegado Renato Camacho confirmou o término do laudo, mas não comentou o conteúdo devido ao segredo de justiça do inquérito. Ele informou que a próxima etapa será o depoimento de Fábio Marcondes, após oitiva de 11 pessoas.
A discussão que originou a polêmica começou após o segurança pedir a um adolescente que se retirasse da área próxima ao ônibus do Palmeiras. Irritado com a forma como seu filho foi tratado, Marcondes teria iniciado as ofensas verbais, culminando no grito de "macaco velho" gravado em vídeo. A gravação, acessível via GE - Globo Esporte e Diário da Região, mostra claramente a sequência de eventos.
Após o incidente, Marcondes se afastou do cargo por 20 dias devido a uma licença médica. A divergência entre a percepção auditiva da maioria e a conclusão técnica da perícia levanta questionamentos sobre a metodologia empregada e a interpretação dos resultados, alimentando o debate sobre a complexidade da identificação e comprovação de injúria racial em casos que dependem de análise fonética. A interpretação do laudo, em contraste com o que é audível no vídeo, mostra a dificuldade de se obter uma conclusão definitiva sem um exame mais aprofundado do contexto e da interpretação subjetiva da perita. O caso promete gerar discussões acaloradas até a conclusão do inquérito e consequente decisão judicial.
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