O universo dos bebês reborn, bonecos realistas que imitam bebês humanos, tem gerado debates acalorados. Influenciadores exibindo suas coleções como "filhos", preços exorbitantes chegando a R$ 13.000 por unidade, e reações diversas nas redes sociais, mostram um fenômeno complexo que merece ser analisado com sensibilidade. A reportagem do G1 destacou a preocupação de uma psicóloga da USP, Leila Tardivo, sobre o apego intenso a esses bonecos. Ela questiona se o cuidado excessivo, incluindo dar mamadeira e trocar fraldas, pode ser um sinal de que a pessoa precisa de ajuda profissional. A médica ressalta que o apego não é, necessariamente, patológico, mas que a intensidade dos cuidados deve ser observada.
O portal O Tempo apresenta a variação significativa nos preços dos bebês reborn, dependendo da qualidade dos materiais, tamanho e personalização. Enquanto alguns são vendidos por valores acessíveis, outros, com detalhes artesanais sofisticados, atingem preços altíssimos. A reportagem explica que a alta demanda e a exclusividade dos modelos mais elaborados justificam os valores elevados, chegando a mais de R$ 13 mil em alguns casos. A exclusividade e o trabalho artesanal justificam os preços elevados.
A Folha BV, por sua vez, aborda o preconceito enfrentado por colecionadoras de bebês reborn nas redes sociais e questiona se o colecionismo em si é algo saudável. O psicólogo Wagner Costa esclarece que a saúde emocional ligada à prática depende do impacto positivo ou negativo na vida do indivíduo. Ele destaca que muitas pessoas buscam nesses objetos um conforto emocional, assim como em animais de estimação ou outros hobbies. A comparação com outras atividades consideradas socialmente aceitáveis, como colecionar super-heróis ou praticar esportes radicais, ilustra a complexidade do julgamento sobre a atividade.
O artigo da Folha BV também menciona o projeto de lei aprovado no Rio de Janeiro que institui o "Dia da Cegonha Reborn", celebrando a arte e a dedicação das artesãs envolvidas na criação desses bonecos. A iniciativa ressalta a importância do trabalho artesanal e a busca por reconhecimento da atividade. No entanto, a questão do luto e da terapia com bebês reborn é abordada com cautela pelo psicólogo, que afirma que nenhum objeto pode substituir a perda de um ente querido, embora possa auxiliar no processo de aceitação e adaptação. A análise do psicólogo enfatiza que o mais importante é entender o impacto do comportamento na vida do indivíduo, buscando ajuda profissional caso este comportamento gere prejuízos ou disfuncionalidades.
Outro ponto importante levantado é o uso dos bebês reborn como ferramenta de terapia, segundo alguns relatos. Embora o psicólogo interviewedo seja cético sobre a eficácia desse uso no caso de luto, a possibilidade de utilização em outras situações terapêuticas não é descartada, mostrando a diversidade de contextos em que os bebês reborn podem aparecer. A similaridade dos bebês reborn com bebês reais é um fator destacado por vendedores, que argumentam que estes objetos podem ativar memórias e trazer conforto, especialmente para pessoas com necessidades especiais ou em situações específicas de vulnerabilidade. Famosos como Britney Spears, Padre Fábio de Melo e Gracyanne Barbosa também já demonstraram sua admiração pelos bebês reborn, contribuindo para a popularização do tema e para a complexidade da discussão em torno do seu significado.
Em resumo, a discussão em torno dos bebês reborn vai além da simples apreciação estética. É um debate sobre saúde mental, preconceitos sociais, consumo e terapia. A necessidade de uma abordagem mais compreensiva e menos julgadora é fundamental para entender esse fenômeno e apoiar aqueles que encontram nesses bonecos um conforto ou uma forma de expressão.
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