O primeiro trimestre de 2025 trouxe resultados mistos para a CSN (CSNA3) e sua subsidiária, a CSN Mineração (CMIN3), gerando reações diversas no mercado. Após a divulgação dos balanços, as ações de ambas as empresas sofreram quedas significativas, mas a interpretação dos resultados é complexa e depende da perspectiva analisada.
A CSN, apesar de registrar um Ebitda de R$ 2,509 bilhões – 7% acima das projeções do Bradesco BBI e 4% acima do consenso – enfrentou uma queda significativa em suas ações. Este resultado positivo, impulsionado principalmente pelas divisões de minério de ferro e aço, foi ofuscado por outros fatores preocupantes. A geração de fluxo de caixa livre (FCF) permaneceu negativa, devido a elevadas despesas com juros e investimentos (capex), resultando em uma alavancagem de 3,3 vezes Dívida Líquida/EBITDA. A XP Investimentos, por exemplo, mantém visão neutra para as ações da CSNA3, demonstrando cautela em relação às expectativas de preços do minério de ferro, altos níveis de alavancagem e a concorrência no mercado doméstico de aço. O Goldman Sachs, por sua vez, estima uma queima de caixa de cerca de R$ 2 bilhões no 1T25 e projeta um total de R$ 5,4 bilhões para o ano, representando 40% do valor de mercado da empresa. Essa perspectiva pessimista levou o Goldman Sachs a reiterar sua recomendação de venda (Sell) para CSNA3, com um preço-alvo de R$ 7,70. Outros bancos, como o Bradesco BBI e o Itaú BBA, mantiveram recomendações neutras, mas com preços-alvo diferentes.
A situação da CSN Mineração (CMIN3) apresenta nuances distintas. Embora o Ebitda ajustado tenha avançado 27% na comparação anual, atingindo R$ 1,42 bilhão, a companhia reportou um prejuízo líquido de R$ 357 milhões, uma reversão significativa em relação ao lucro do mesmo período de 2024. A boa notícia para os acionistas é a aprovação da distribuição de R$ 1,3 bilhão em dividendos, incluindo dividendos intermediários e juros sobre o capital próprio (JCP). Este pagamento representa um alívio em meio aos resultados negativos, contudo, a posição de caixa líquido da empresa também caiu para R$ 4 bilhões no 1T25, devido à valorização do real sobre o caixa em dólares. O Itaú BBA manteve a recomendação de venda para CMIN3 com preço-alvo de R$ 5,50.
Em resumo, a temporada de resultados do primeiro trimestre de 2025 trouxe uma mistura de notícias boas e ruins para a CSN e sua subsidiária. Resultados operacionais positivos em alguns segmentos foram contrabalançados por uma alta alavancagem, queima de caixa significativa e um ambiente competitivo desafiador. A decisão de distribuir dividendos expressivos pela CSN Mineração serve como um contraponto aos resultados negativos, mas não elimina completamente as preocupações dos analistas. A diversificação das opiniões entre as instituições financeiras demonstra a complexidade da análise e a necessidade de uma avaliação cuidadosa antes de qualquer tomada de decisão de investimento. Para se manter atualizado sobre as movimentações do mercado, acesse InfoMoney e Money Times para mais informações.
Este conteúdo foi desenvolvido com o auxílio de inteligência artificial. Para mais informações sobre o conteúdo discutido, visite os sites abaixo: