A segunda temporada de "The Last of Us" culminou em um final de tirar o fôlego, deixando os espectadores em suspense e questionando o futuro da série. Após a brutal vingança de Abby contra Joel, Ellie se lança em uma busca implacável por justiça, eliminando vários membros do Washington Liberation Front (WLF). No entanto, a jornada de vingança de Ellie não é sem consequências. A morte acidental de Mel, grávida, a confronta com a escuridão de seus atos, levando-a a questionar seu caminho.
O episódio apresenta uma série de flashbacks melancólicos que trazem Pedro Pascal de volta como Joel, intensificando a dor de sua perda e a complexa relação com Ellie. Essa sequência, apesar de dolorosa, serve como preparação para um novo choque. A temporada termina com um confronto tenso entre Ellie e Abby, culminando em um disparo e um corte abrupto para o escuro.
Após alguns segundos angustiantes de silêncio, a cena retorna a Abby dormindo tranquilamente, em seu acampamento do WLF. Uma legenda aparece na tela: "Seattle, Dia Um". Esta reviravolta inesperada sugere uma mudança radical na narrativa da terceira temporada.
A decisão dos showrunners, Craig Mazin e Neil Druckmann, de concluir a temporada desta forma, não é arbitrária. Ao longo da temporada, o uso estratégico de legendas indicando o número de dias que Ellie passou em Seattle, inicialmente percebido como supérfluo, revela-se crucial para estabelecer a estrutura narrativa. Essa escolha deliberada espelha a mecânica de jogos de vídeo, onde a perspectiva do jogador muda entre personagens, permitindo a exploração de diferentes pontos de vista.
A série se afasta da convenção televisiva de focar constantemente nos personagens principais, desafiando as expectativas do público. Ao mudar a perspectiva para Abby, a série promete explorar sua jornada, seus motivos e seus traumas com a mesma profundidade que foi dedicada a Ellie e Joel. Esta decisão audaciosa reflete o compromisso dos criadores em adaptar fielmente os elementos centrais dos jogos, embora com liberdade criativa para expandir e aprofundar as histórias dos personagens.
A transição para a perspectiva de Abby não significa o fim de Ellie. Embora a terceira temporada deva se concentrar na história de Abby, a produção já deu sinais de que Ellie não será deixada de lado. A série tem um histórico de expandir e modificar elementos da trama original dos jogos, adicionando nuances e aprofundando a complexidade dos personagens, como demonstrado pela exploração do relacionamento de Bill e Frank na primeira temporada.
A decisão de concluir a temporada com a perspectiva de Abby não é apenas uma reviravolta narrativa; é uma estratégia para mergulhar o público em um dilema moral. Joel, inicialmente apresentado como um herói, cometeu atos cruéis para proteger Ellie; a vingança de Abby, embora brutal, também surge de um profundo trauma. A série nos convida a questionar nossas próprias simpatias e a complexidade do conceito de justiça numa narrativa pós-apocalíptica. A jornada de Abby promete oferecer novas perspectivas sobre os eventos que marcaram a segunda temporada, e a promessa de uma exploração profunda da sua trajetória é um convite tentador para o futuro da série. Os produtores conseguem manter a tensão, o mistério e a angústia, abrindo espaço para um universo narrativo ainda mais rico e complexo. A mudança de perspectiva, inspirada nos jogos, promete uma experiência televisiva única e inovadora.
Leia mais sobre a análise da Slate.
Saiba mais detalhes sobre o final no E! Online.
Este conteúdo foi desenvolvido com o auxílio de inteligência artificial. Para mais informações sobre o conteúdo discutido, visite os sites abaixo: